'Psica de Nazaré' traz bregueiros, artistas LGBTQIA+, religiosos de matriz africana e o povo da periferia para falar do Círio

  • 09/10/2024
(Foto: Reprodução)
Com pocket shows e diversos convidados, programação inédita propõe mostrar o Círio a partir da perspectiva de vozes negras, caboclas e amazônidas. Psica de Nazaré: a festa do povo contada pelo povo Nay Jinknss/Divulgação Em outubro, a maior manifestação popular do Norte do Brasil celebra a potência matriarcal da Amazônia. O Círio de Nossa Senhora de Nazaré homenageia a Padroeira do Pará e leva dois milhões de pessoas às ruas de Belém. Um povo que crê, que roga e agradece, mas que também dança, canta e se reúne em banquetes amazônicos - entre o sagrado e o profano. Em um projeto inédito, o Psica ocupa o coração desta festa em uma transmissão ao vivo, narrando cada detalhe a partir da perspectiva de vozes LGBTAPN+, da religião de matriz africana e narrativas com a cara da periferia e do interior da Amazônia. A festa do povo contada pelo povo. O Psica de Nazaré vai mostrar a grandeza da cultura paraense nos dias 11, 12 e 13 de outubro em uma imersão cultural com as pessoas que fazem do Círio de Nazaré em todas as suas dimensões. “O Psica vai além de um festival, é um movimento cultural periférico da Amazônia. Então vamos promover essa verdadeira imersão na nossa cultura, na loucura que é o Círio, uma das coisas mais lindas que temos no Estado. Não dá para falar sobre a Amazônia paraense sem falar do Círio, então estaremos na maior procissão que existe contando a nossa história para o mundo”, explica Jeft Dias, um dos diretores do Festival Psica, o maior festival de música da região Norte e um dos mais importantes do Brasil, que há mais de 10 anos faz história ao apostar no protagonismo da cultura preta e periférica da Amazônia. Naieme, Jeff Moraes e Luê Divulgação Programação O Psica de Nazaré será um grande encontro no Canto Coworking, transmitido ao vivo pela internet pelos âncoras Naieme e Jeff Moraes, duas estrelas da nova geração da música amazônida. Eles vão receber convidados, artistas, pesquisadores, ativistas e influenciadores periféricos, pretos e indígenas, principalmente da região Norte, mostrando a confraternização, bate-papos, pocket shows e imersão gastronômica. A dupla vai mostrar ainda as histórias de fé dos romeiros, que serão acolhidos na tenda do Psica de Nazaré nas duas maiores procissões do Círio: a Trasladação, no sábado à noite, e a Grande Procissão, no domingo. O “Almoço das Matriarcas” abre a programação na sexta-feira (11), com um banquete amazônico completo: maniçoba, pato no tucupi, arroz paraense, e outros pratos tradicionais preparados por mulheres chefas de cozinha do Pará. No sábado (12), a programação será em um barco que acompanhará a Romaria Fluvial, procissão ribeirinha que toma conta dos rios; e em seguida, um almoço especial na ilha do Combu. No sábado e domingo, o Psica de Nazaré transmite da Trasladação e da Procissão do Círio, direto do Canto Coworking, esquina com vista privilegiada para as procissões do Círio de Nazaré, em um dos prédios mais icônicos de Belém, o Edifício Manoel Pinto da Silva. A celebração terá shows de Layse, Íris da Selva e Luê, além dos mestres Manoel Cordeiro, Lourival Igarapé, Junior Soares e a mestra Nazaré Pereira. Entre as participações confirmadas, estão os artistas visuais Santo, Gabriel Cardoso, Naré e Guilherme Tasrky; a galera da aparelhagem, David Sampler, Marcos Maderito e Keyla Gentil; o chef de cozinha amazônica Rubão e o músico LGBTQIAPN+ Aqno, entre muitos outros convidados. “A edição do Festival Psica deste ano é especial, pois não estamos mais falando só do Pará, mas da Amazônia como um todo, e das Amazônias que atravessam as fronteiras da América Latina, portanto a Pan-Amazônia. Temos, como sempre, a cultura do tecnobrega, o carimbó, as aparelhagens presentes, mas temos também uma expansão bonita ao trazer os Bois de Parintins, a radiola do Maranhão, a cumbia do Peru, à arte jamaicana. Tudo isso, assim como o Círio de Nazaré, faz parte do imaginário cultural e popular que atravessa as nossas periferias que ficam nesse território chamado Belém do Pará”, detalha Gerson Junior, diretor do Festival Psica. Serviço: Psica de Nazaré, dias: 11, 12 e 13 de outubro, com transmissão ao vivo pelas redes sociais do Psica @festivalpsica e pelo canal do Psica no Yotube.

FONTE: https://g1.globo.com/pa/para/cirio-de-nazare/noticia/2024/10/09/psica-de-nazare-traz-bregueiros-artistas-lgbtqia-religiosos-de-matriz-africana-e-o-povo-da-periferia-para-falar-do-cirio.ghtml


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